terça-feira, 12 de abril de 2011

4 dias para parar obras do Belo Monte!

Caros amigos de todo Brasil,
  A OEA, organismo representante dos países das Americas pediu que o Brasil pare a construção de Belo Monte, a hidrelétrica gigante que irá destruir uma grande área da floresta amazônica. Agora, a Presidente Dilma tem 4 dias para responder. Vamos aumentar a pressão: envie uma mensagem para pedir o fim de Belo Monte.


A OEA, respeitada organização inter-governamental pediu ao Brasil para interromper a construção de Belo Monte – uma hidrelétrica imensa que iria destruir delicados ecossistemas da Amazônia – e a Presidente Dilma tem quatro dias para responder. Com essa pressão internacional sem precedentes, nós temos a chance de finalmente parar Belo Monte.
A Organização dos Estados Americanos respondeu ao apelo direto das comunidades amazônicas afetadas, com um pedido oficial para o governo brasileiro interromper a construção de Belo Monte. A OEA alerta que o Brasil pode estar violando tratados inter-americanos se prosseguir com esta barragem desastrosa.
O prazo final para o Brasil responder a OEA é esta sexta feira. Nós temos apenas alguns dias para dizer à Presidente Dilma, ao Ministério das Relações Exteriores e à Secretaria de Direitos Humanos que nós estamos do lado da OEA e dos povos amazônicos. Envie uma mensagem agora exigindo que o Brasil honre o seu compromisso internacional com os direitos humanos e pare Belo Monte imediatamente.
http://www.avaaz.org/po/belo_monte/?vl
As comunidades amazônicas foram forçados a recorrer à OEA depois que a Presidente Dilma ignorou seus apelos, colocando grandes interesses financeiros de empreiteiras acima da preservação ambiental. Belo Monte vai custar 30 bilhões de reais e a maioria desse dinheiro vai para grandes empreiteiros que foram os maiores doadores da campanha presidencial da Dilma. Mas se nós investirmos uma fração do que será gasto em Belo Monte em energia renovável, poderemos suprir as demandas do Brasil por energia, apoiando o desenvolvimento sustentável sem comprometer centenas de hectares da floresta mais preciosa do mundo.
Este ano, mais de 600.000 brasileiros pediram para a Presidente Dilma parar Belo Monte. A petição contra Belo Monte foi entregue pessoalmente aos seus principais assessores em Brasília, em uma marcha emocionante de povos indígenas que chamou a atenção da mídia no Brasil e no mundo. Mas mesmo assim, o governo ignorou o nosso chamado.
Agora países de todas as Américas estão se juntando à luta. Vamos agir neste momento crucial e mostrar que os brasileiros apóiam a solicitação da OEA. Envie uma mensagem para Presidente Dilma, Ministério das Relações Exteriores e a Secretaria de Direitos Humanos dizendo que os brasileiros estão junto com a OEA e as comunidades amazônicas para pedir um fim a Belo Monte:
http://www.avaaz.org/po/belo_monte/?vl
Belo Monte não é o que queremos para o futuro do Brasil. Enquanto nos preparamos para a Rio+20, a maior conferência ambiental do planeta, essa é a chance de o Brasil ser uma liderança mundial como um exemplo de desenvolvimento aliado à sustentabilidade. A declaração da OEA oferece uma nova oportunidade de mudança, trazendo aliados internacionais para a luta contra Belo Monte. Vamos aumenta a pressão sobre o governo, agindo e divulgando esta campanha.
Com esperança,
Emma, Graziela, Ben, Alice, Luis, Vinycius e toda a equipe Avaaz.
Leia mais:
Comissão da OEA pede que Brasil suspenda construção da represa de Belo Monte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5ghObml-y57D7oM6HTkI6fbmnNbpg?docId=CNG.b784413f83000616dda24915663acf14.4e1
Belo Monte: OEA solicita suspensão do processo de licenciamento e construção http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRlVONlYHZFSjZkVhN2aKVVVB1TP
Patriota: posição da OEA atrapalha investimentos ambientais: http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/patriota-posicao-da-oea-atrapalha-investimentos-ambientais
Pedido de OEA sobre Belo Monte irrita diplomacia brasileira:
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/pedido-de-oea-sobre-belo-monte-irrita-diplomacia-brasileira_105969/

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Luminária de energia solar

http://br.greenvana.com/Produto/Inovacao/Solares/Importado/Sun-Jar-Luminaria-Solar.aspx?utm_campaign=SunJar2&utm_medium=Ads&utm_source=Facebook&utm_content=Segmentado&utm_term=SemGreenvana

        


Sol em jarra. Se você bateu o olho na foto e imaginou cookies deliciosos lá dentro, reveja a imagem. Neste pote só tem lugar para a luz do sol. Isso mesmo, ele possui um painel interno que capta a luz solar e a transforma em energia, que é armazenada em uma bateria e pode ser ligada a qualquer momento. Ideal para quem gosta de acampar ou quer uma luz indireta na varanda e no jardim de casa. Assim, de dia ela armazena a luz e de noite está pronta para ser usada. Boa alternativa também para quem gosta de deixar uma luz acesa no corredor ou no quarto durante a madrugada. Economiza energia e a consciência fica limpa. A SunJar possui o selo ROHS - Restriction of the Use of Certain Hazardous Substances (Restrição de Certas Substâncias Perigosas), que certifica a ausência de materiais tóxicos no produto, diminuindo os riscos ao meio ambiente ao ser descartado. Ela ainda é à prova d’água e fácil de limpar. A luz acende no escuro ou com o painel solar coberto, desde que o botão ligar/desligar esteja acionado. O tempo de carga é de cerca de 3 horas e, depois de totalmente recarregada, a Sun Jar Luminária Solar dura 5 horas acesa.
Todo produto com placa solar precisa de um dispositivo, que utiliza algum tipo de bateria, para armazenar a energia. A Sun Jar utiliza uma pilha AA. Para garantir menor impacto no meio ambiente, sugerimos que a pilha seja descartada de maneira responsável, em pontos de coleta específicos para tal.
Medidas: 10,5 x 16 x 10,5 cm

sexta-feira, 18 de março de 2011

Tijolo Ecologico (vantagens e desvantagens)

O tijolo ecológico é uma alternativa verde aos tijolos normais, com muitas vantagens e algumas desvantagens. 

Composição

O tijolo ecológico (também conhecido como o tijolo modular) é construído a partir de uma mistura de solo, cimento e água, que se posiciona de uma maneira especial e pressionado manualmente ou mecanicamente, recebendo até 6 toneladas de pressão, com forte ligação do grão e tornando o processo de queima do forno, que é comumente usado em tijolos de barro comum, desnecessários.

Tipos de tijolo ecológico

O tijolo ecológico é muito mais do que uma estrutura simples de tijolos que ocupa uma parede: com suas características físicas que proporciona economia, estabilidade estrutural, harmonia e beleza dos campos, tornando a sua casa se torna um lugar agradável, relaxante e seguro. Ao eliminar o desperdício típico de uma obra comum, além de minimizar o tempo eo custo do método de trabalho intensivo, o tijolo modular permite a construção rápida e barata de casas.
Com três formatos diferentes: tijolo inteiro, tijolo meia e canal, a casa pode ser construída para formar uma cadeia de vetores que são reforçadas através da fixação de portas, janelas e paredes, permitindo a inserção da rede elétrica, hidráulica, televisão por cabo, gás , telefone e interfone dentro de seus furos, acelerando ainda mais a construção.
Full brick Half brick Channel brick

 

 

 

Vantagens:

  • O tijolo é feito de eco-manual ou prensa hidráulica, com pressão equivalente a 6 toneladas, o que torna regular, com faces lisas, permitindo um encaixe perfeito, tornando o cálculo de unidades a serem utilizados em todas as paredes e todo o trabalho, sem a necessidade de cortar o tijolo.
  • Devido às suas faces lisas e apto duplo, as paredes mantêm uma corrida perfeita e bela acabamento, oferecendo beleza estética do edifício.
  • Sua arquitetura evita o uso de pregos, arame, madeira e folhas da parede pronta para a incorporação da rede hidráulica, elétrica e outros.
  • Têm isolamento térmico e acústico, permitindo que o ar dentro dos furos de ser aquecida pelo sol, sofrendo o deslocamento para cima e deixe esfriar para baixo, além de reduzir a umidade nas paredes.
  • Os acessórios foram desenvolvidos para aumentar a resistência da estrutura, e para facilitar sua colocação e diminuir drasticamente o tempo de conclusão.
  • Devido suas faces lisas e belas, não há necessidade de gesso ou a colocação de azulejos e outros acabamentos, quando desejado.
  • O cimento é utilizado em pequenas quantidades no edifício de tijolo modular e as colunas e vigas podem ser feitas facilmente utilizando os furos e tijolos canal.
  • A construção modular com o trabalho de tijolo favorece a limpeza e menos entulho e perda de material.







Contras

  • O tijolo ecológico requer um pedreiro qualificado, com conhecimento básico da técnica de aplicação e requisitos de sistema na montagem e colocação de paragens e hardware.
  • Pode ser usado em climas secos, mas em climas muito úmidos ou em locais onde existe uma maior exposição à umidade, não é muito confiável e não foi testado o suficiente.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Arquitetura sustentável

    








 A expressão da moda é: sustentabilidade. Mas o que quer dizer esta palavra que estampa capas de revista, páginas da internet e noticiários? Os planos do governo, os discursos da ONU e até as empresas a têm como meta, mas qual o seu peso? Como ela funciona na prática? Por que esta urgência repentina em correr atrás de algo que sequer ouvíamos falar?

Sustentável é todo processo que tem a qualidade de continuidade e preservação. Trocando em miúdos, é toda atividade humana que não extingue os recursos de seu ambiente, dando-lhe tempo e condições para que se renove, seja isto por meio natural ou também por ação humana. Sim, o homem pode alterar, estimular ou mesmo criar fontes de recursos e energia em seu ambiente – a exemplo das represas hidrelétricas e dos reflorestamentos das madeireiras. A sustentabilidade, porém, não é só o monstro a ser domado pelos governantes e empresas das grandes nações poluidoras. Ela também freqüenta nossas casas e nos empurra para dentro deste processo. Afinal, além da comoção passageira com aquela foto-clichê de árvores serradas na Amazônia, a preocupação com o ambiente tem outras escalas, indo do seu quarto ao seu planeta, dos madeireiros ilegais à conservação do asfalto de nossa cidade, ao playground do seu condomínio, à sua conta de luz e à própria cadeira onde você está.

Os dados ambientais publicados na imprensa são assustadores. Mas em vez de discutir as generalidades do assunto, apresentarei apenas sugestões e questões que tocam a Arquitetura, para mostrar que com ela é possível reverter este quadro ou, ao menos, não agravá-lo – o que já é de bom tamanho. E também para descobrirmos que somos mais importantes neste processo do que imaginamos.

A Arquitetura é uma atividade que já implica de imediato no que há de mais simples e nobre na sustentabilidade: o planejamento. Aplicado desde a escolha do local da obra, no Projeto Arquitetônico e na própria construção, o planejamento pode carregar a sustentabilidade sem atrapalhar em nada a realização e o conceito de seu Projeto. A sustentabilidade pode, inclusive, trazer uma nova visão sobre a Arquitetura. Analisemos a princípio o Projeto de uma casa. Antes dele, a escolha do lote é o primeiro diferencial: sua posição definirá a distribuição dos ambientes quanto à insolação. Se o fundo de seu lote está voltado para o sul, por exemplo, os quartos voltados para ele – que terá uma provável área de lazer – serão pouco ensolarados, isto é, menor retenção de calor e iluminação, menor exploração do bem-estar e maior conta de luz. Assim como a posição, a localização do lote também conta: as Áreas Verdes próximas, por exemplo, são motivo de atenção. Nossas leis municipais exigem sua presença nos loteamentos, fechados ou não, porém isto não se traduz em matagais em áreas de sobra. Tais Áreas podem ser plenamente utilizadas pelos moradores para o lazer, cultura e esportes. A vegetação, aliás, deve ultrapassar as Áreas Verdes exigidas, através da arborização das vias, das próprias residências e da não-pavimentação de superfícies que permitirem isto. Todo este conjunto criará, com um mínimo de investimentos, resultados tão simples quanto importantes: mais qualidade de vida, maior preservação do meio-ambiente, total funcionalidade e o efeito de microclima, tantas vezes deixado de lado, mas vital. Ele traz aquele bem-estar ímpar tal qual o sentido ao percorrer uma rua repleta de árvores. As grandes metrópoles, já sem alternativas, apelam para a construção por inteiro destes ambientes, numa guerra de folders imobiliários onde condomínios verticais e horizontais são recheados de Áreas Verdes. Nós ainda temos a opção de não chegar lá, exigindo um crescimento urbano saudável.

Já no Projeto, a sustentabilidade pode ter vários papéis. As portas e janelas, por exemplo, podem ser planejadas para aproveitar a iluminação e a ventilação naturais ao máximo, através de sua localização sobre áreas de trabalho (bancadas de cozinha, áreas de estudo, livings etc.), em paredes opostas permitindo ventilações cruzadas ou voltadas para o melhor momento de insolação que o ambiente necessita. Esta atenção diminuirá o uso de iluminação e condicionamento de ar artificiais e, assim, seu bolso e nossas fontes de energia agradecerão: atualmente o homem extrai a energia do planeta num ritmo 25% acima de sua capacidade de renovação, ritmo ainda crescente. Outra sugestão de Projeto de extrema importância é o tratamento adequado dado às águas da chuva. Antes que alguém amaldiçoe o descaso à qualidade de nossas ruas, às galerias pluviais e ao planejamento, trarei à tona nossa responsabilidade – pois parte dos problemas que as chuvas e inundações causam, dos quais reclamamos, é de autoria dos cidadãos. A Arquitetura não dá conta do combate ao abominável hábito de jogar lixo pela janela dos carros ou nos terrenos, mas pode oferecer soluções extremamente úteis, tendo a maioria delas um propósito comum: cada lote dar um fim responsável à quantidade de água das chuvas que recebe. Hoje, a maior parte desta água é jogada rapidamente à coleta urbana ou diretamente às ruas, juntando-se à água que vem de outros lotes, de outros quarteirões e de outros bairros, numa soma venenosa que transforma muitas de nossas vias em verdadeiras calhas urbanas. Porém, há idéias simples que quebram este ciclo. Já acessível, ainda que a certo custo, podemos citar o armazenamento e tratamento particular da água das chuvas para seu reaproveitamento com vários fins: vasos sanitários, torneiras de jardins, quintais e estacionamentos. Em empresas e indústrias, incluímos aí lavagens, resfriamento, irrigação, consumo de animais, reservas de incêndio etc. Ainda a certo custo, pode-se até localizar no Projeto uma estação de pré-tratamento de esgoto – que não traz retorno direto ao dono, mas trará à cidade. E para quem fez cara feia ao ler “investimentos”, há meios mais simples que não reaproveitam a água mas têm os mesmos resultados na preservação do nosso ambiente-cidade ante o caos das enxurradas. O combate ao velho costume da impermeabilização imprudente é um deles. É uma lógica simples, onde não se pavimenta nem se reveste o solo, dando a ele a capacidade e o tempo necessário para absorver a maior parte possível da água das chuvas. Na prática, sua aplicação é através da previsão de áreas permeáveis (jardins, por exemplo) ou, quando necessário, cisternas que maximizam o tempo de absorção da água pelo solo e reduzem a quantidade de água dispensada. Atitudes simples e eficazes que, se a maior parte da cidade a adotasse, teríamos carnavais com melhores lembranças.



fonte: http://www.soarquitetura.com.br/template.asp?pk_id_area=54&pk_id_topico=588&pk_id_template=1

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dicas - Arquitetura Bioecologica

 

A Arquitetura Bioecológica - o modelo de Construção Civil com responsabilidade ambiental - segue 10 princípios básicos:
1.
Minimizar o impacto ambiental das construções.
2. Promover comunidades sustentáveis.
3. Promover a saúde e o bem-estar do homem.
4. Priorizar a longevidade da construção, durabilidade e adaptabilidade.
5. Utilizar materiais de baixo impacto ambiental.
6. Promover a conservação e uso racional da água.
7. Promover a eficiência energética, o uso racional de energia e as fontes de energia renovável.
8. Minimizar a produção de resíduos e promover a reciclagem.
9. Não utilizar produtos tóxicos. Usar preferencialmente ecoprodutos.
10. Promover a educação ambiental, o consumo consciente e a preservação da cultura
fonte: http://www.anabbrasil.org/arquitetura.asp

Arquitetura Eco-Sustentável - Um Novo Paradigma





por Daniela Corcuera, arquiteta e mestre em Arquitetura Sustentável

O que é Arquitetura Sustentável?

Sustentabilidade é, hoje, o ponto chave no conceito de desenvolvimento. O desenvolvimento sustentável assegura que sejam supridas as necessidades presentes, sem porém comprometer a possibilidade de futuras gerações satisfazerem as necessidades de seu tempo. A prática da arquitetura segundo esses princípios é denominada Arquitetura Sustentável ou Eco-Sustentável (para reforçar que não se trata de sustentação estrutural). Este termo está intimamente ligado a dois conceitos: energia e meio ambiente; e apóia-se sobre três pilares: deve ser socialmente justo, economicamente viável e preservar o meio-ambiente. Na arquitetura sustentável destacam-se a eficiência energética do edifício, a correta especificação dos materiais, a proteção da paisagem natural e o planejamento territorial, e o reaproveitamento de edifícios existentes.

O que é Arquitetura Bioclimática?

Ultimamente, tem se utilizado no meio técnico e acadêmico o termo “arquitetura bioclimática”, cada vez com mais freqüência. Entretanto, se uma arquitetura pode ser caracterizada como “bioclimática” é porque deve também haver uma arquitetura “não-bioclimática”. Este pensamento traz a tona a perplexidade de que possa haver arquiteturas não adequadas às condicionantes climáticas e geomorfológicas do sítio em que se insere. Mas não é este o fim da arquitetura, como descreve Vitruvius : “Os edifícios estarão bem adequados, se desde o princípio, se tem em conta o clima do lugar em que se constrói, porque não há dúvida de que devem ser distintos os edifícios que se fazem no Egito, dos que se fazem em Roma”. E segundo Romero (1998): “Arquitetura e clima são conceitos inseparáveis. Porém, produziu-se em tão larga escala uma arquitetura dissociada do clima que foi necessário criar uma segunda arquitetura e batizá-la de bioclimática.” Pode-se dizer que uma Arquitetura Sustentável pressupõe ser Bioclimática.

Quais as estratégias para uma Arquitetura Sustentável?

As Nações Unidas (UNCHS, 1993, p. 25) apontaram as seguintes estratégias sustentáveis para o design de componentes de construção e projeto de edifícios:
- o uso de menos materiais, especialmente aqueles de alta energia, nos edifícios, buscando maneiras de reduzir a espessura de paredes, acabamentos, e pé direito, onde estes fatores não comprometam outros aspectos do desempenho do edifício;
- optar por materiais de baixa energia onde estes forem disponíveis, como por exemplo: o uso de madeira ao invés de aço ou concreto para vigas e treliças, uso de argamassa de cal ao invés de argamassa de cimento, uso de terra e tijolos de terra estabilizada ao invés de tijolos queimados, uso de blocos de concreto celular ao invés de blocos/painéis densos de concreto; optar por sistemas estruturais de baixa energia, como alvenaria auto-portante, em lugar de concreto armado ou estrutura metálica;
- projetar edifícios de baixa altura ao invés de edifícios de grande altura, onde as possibilidades permitam;
- optar, onde possível, por materiais de descarte ou reciclados, ou materiais que incorporem qualquer destes, como por exemplo, cimento aditivado com escória de alto-forno, mantas de impermeabilização asfáltica que incorporam papel reciclado, e materiais de demolição;
- projetar edifícios com longa durabilidade, porém facilmente adaptáveis a novas necessidades e requerimentos;
- projetar edifícios levando em conta a reciclagem de seus materiais, utilizando, por exemplo, argamassas “moles”, de modo a facilitar o reaproveitamento de tijolos e evitar onde possível o uso de concreto armado;
- especificar materiais que possam ser encontrados em locais próximos à obra e que tenham baixo custo de transporte.
Além destes, podemos destacar:
- o uso de sistemas de energia mais eficientes e menos poluentes, privilegiando as formas passivas de energia (inércia térmica, ventilação natural, iluminação natural, etc.) pela correta implantação do edifício.
- o uso de sistemas de coleta e tratamento de água para reduzir a demanda do sistema publico e proporcionar o uso racional da água.
- o uso de sistemas de automação e monitoramento inteligentes visando a otimização e a eficiência das instalações.
- o uso de sistemas para redução da formação de lixo e a correta separação e destinação do mesmo para reciclagem ou compostagem .
- o desenho funcional do edifício, reduzindo deslocamentos e equipamentos e permitindo a acessibilidade física de todos os ocupantes de forma autônoma e segura.
- o cuidado na preservação do local e seu entorno durante as obras civis e após.
- a otimização e racionalização do processo de construção, de modo a reduzir o desperdício e descarte de materiais durante a construção.

Quais os benefícios da Arquitetura Sustentável?

- Benefícios sociais: inclusão social, acessibilidade física, bem-estar e salubridade.
- Benefícios econômicos: redução do investimento de construção, redução do custo de utilização da edificação, possibilidade de reuso ou readequação da edificação e componentes para novas finalidades.
- Benefícios ambientais: redução do impacto ambiental, preservação e conservação dos recursos naturais.

Por que adotar a Arquitetura Sustentável em seus projetos?

Ainda que no Brasil não existam por hora parâmetros, sistemas de análise e certificação para a Arquitetura Sustentável, é possível nos espelharmos em modelos e experiências já desenvolvidos e antecipar a nossa atuação, indo de encontro a esta realidade do nosso planeta. Mesmo porque, a sustentabilidade plena passa por uma idéia de equilíbrio e perfeccionismo inatingíveis, uma certa utopia. Ainda assim, projetos e edificações podem ser mais, ou menos sustentáveis, criando níveis ou graus de sustentabilidade na arquitetura, tendendo a se aproximarem cada vez mais deste ideal e, portanto, contribuindo para a proteção do nosso eco-sistema e sociedade.

Referências Bibliográficas:

CORCUERA, Daniela. Edifícios de Escritórios: O Conceito de Sustentabilidade nos Sistemas de Vedação Externa. Dissertação de Mestrado. São Paulo, FAU-USP/Fapesp, 1999.
ROMERO, Marcelo A. O Peso das Decisões Arquitetônicas no Consumo de Energia Elétrica em Edifícios de Escritórios. In: NUTAU’98 - Arquitetura e Urbanismo: Tecnologias para o Século XXI. FAU-USP, de 8 a 11 de setembro de 1998. Anais. FAU-USP, 1998.
UNCHS - United Nations Centre for Human Settlements (Habitat). Promoting Sustainable Construction Industry Activities. (Issue Paper II) In: First Consultation on the Construction Industry. Tunis, 3-7 maio 1993. Documento não publicado, distribuição limitada.



fonte: http://www.anabbrasil.org/artigos.asp?id_art=6&action=v_art

sábado, 29 de janeiro de 2011

Empresa de andaimes lança máquina e processo para fazer tijolos de entulho


   




 A aposta na redução do impacto ambiental da construção civil foi o que levou a empresa gaúcha de fornecimento de andaimes e equipamentos para o setor, a Baram, a desenvolver uma máquina e um processo para fazer tijolos de entulho na canteiro da obra, explicou o principal executivo da empresa Josely Rosa.
    “A empresa que não tem um projeto de sustentabilidade vai ser banida do mercado e quatro ou cinco anos,” explicou.
A unidade de reciclagem do grupo Baram, Verbam, deve lançar o novo produto na Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon) que ocorrerá em São Paulo no mês de março. Este é o primeiro produto que visa redução do impacto ambiental na construção, mas logo deverão ser lançados mais três, revelou o empresário.
Na verdade, a Verbam vende uma máquina de triagem e processamento do entulho, mas para atendar à demanda das construtoras a empresa desenvolveu também o processo e treina os funcionários na elaboração do tijolo.
“Primeiro desenvolvemos a máquina, mas sem o produto final, que é o tijolo, houve aceitação baixa,” lembrou. “Voltamos a estudar o produto e percebemos que as construtoras precisam ver uma vantagem final”.
Pelo processo desenvolvido, é possível construir uma casa de 60m2 com 50 toneladas de entulho. Além de reduzir o custo do tijolo e reduzir a pegada ecológica da alvenaria na obra, pois o tijolo não necessita queima, o produto da Verbam permite cortar custos com contratação de caçambas, garantiu Rosa.
Foram investidos cerca de R$600 mil e o trabalho de sete engenheiros pesquisadores no desenvolvimento do produto que começou há cinco anos quando Rosa voltou de feiras europeias de construção.
“Quando visitei a Europa comecei a perceber para onde caminhávamos,” explicou. “A preocupação [com o meio ambiente] está crescendo e nós empresários não temos opção a implementar processos menos danosos ao meio ambiente”.
Além da pressão do público, por meio da mídia, os próprios clientes da empresa estão exigindo melhores padrões enquanto novas leis vão começar a exigir melhores padrões, disse Rosa que vislumbra um dia as construtoras recebendo entulho de outras obras para fabricar seus próprios tijolos.
Testes mostraram que o tijolo feito pelo processo da Verbam é mais resistente que os tijolos de cerâmica ou concreto. Hoje, a empresa já desenvolve três projetos com o conceito e já pesquisa um sistema adesivo para fixar os tijolos e eliminar a necessidade de cimento, explicou Rosa sem revelar quais serão as outras inovações que empresa está pesquisando.